domingo, 1 de julho de 2012

Quando as Manhãs Não Acordam

Olho através das manhãs que ainda não acordaram
o silêncio escorre na vidraça
em anseios de marés cheias
na claridade branda
dos oceanos que invento  

as estrelas tremem baças
tardias
gaivotas dormem
em molduras vazias

a luz rumoreja
frágil
e parte
e agoniza
sob as cinzas dos céus de Outono

e no olhar do horizonte nascem
e morrem
os sóis onde voam as areias
dos meus castelos feitos de pássaros
sem beirais
e de luares
intemporais.

Brígida Luz
21.11.10

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