Instalar-me
na fenda
ou
numa chuva de luz
o
coração multiplicado
inesgotável.
Abrigar-me
no silêncio
respirar
cada fragmento de tempo
num
final de tarde que evoca lugares
e
memórias que nasceram
da
terra e do mar. Persistem
flutuam
neste chão que vem de dentro
fazem-se
ouvir pela voz
das
árvores e do vento.
Dar
os passos certos
no
interior das horas que caem
e
se espalham nos dias.
Arrancar-me
do fundo do mundo
à
espera de regressar.
BL
29.04.16