que não me pertence. É uma folha invisível
a voar sobre o mar
a olhar a gaivota
que abre a janela aos sonhos da lua
a buscar a verdade
nas frestas do vento
a crepitar memórias
nos olhos do tempo.
Há um lado de mim
que acende a lareira
e aquece as palavras
na casa da árvore da cegonha branca
onde amanhece a alma
quando a noite se deita.
Há um lado de mim
onde o silêncio se aceita
e o pôr do sol se ajeita
no outro lado de mim.
BL