domingo, 18 de agosto de 2019

Na imensidão do invisível




A vida a fluir na primazia das coisas pequenas.
Digo da luz a calmaria
o azul íntimo a romper dissonâncias
e solidões.
O silêncio a arder neste mar parado
a pele vestida de memórias alinhadas
na respiração das palavras.
Janelas de entardecer a caminharem por entre o vento
na imensidão do invisível.

BL

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O teu nome






Como um pássaro pousado ao acaso

sobre os soluços das mãos. Escrevo o que sobra

do que ficou por dizer. Palavras

indecisas em supefície

branca

monólogos a evocarem a geografia das sombras.

Junto aos olhos existe um lugar

breve

na periferia de um silêncio

líquido

onde repouso o teu nome adormecido num abismo de azul.

Chove.

E a árvore sobrevive como símbolo das

coisas que atravessam

o esquecimento.



BL

11.08.19