Não
nos consentimos
no
que imperfeitamente somos
nem
deitamos fora
os
rostos sem voz.
Soletramo-nos
em silhuetas mergulhadas num tempo
escuro
e inabalável.
Em
cada fio de palavras
teço
a luz
que
arrefece
e
me arrasta à boca do silêncio.
Ausência
indecifrável. Árvore a adormecer
no
tremor dos ramos.
Cinge-me
um vazio no horizonte
uma
solidão pesada
que
antecipa a densa noite
ou
os nomes adiados
em
que as coisas sobrevivem.
BL
30.07.16