A
distância a cair do teu olhar. Atravesso-a
sem
rede
com
o apelo de antes pendurado nos lábios.
Bastava-me
decifrar o gemido da luz
no
lado errado das palavras.
Mas
existem gestos desmesurados
e
absolutos
soluços
do tempo
no
acerto das vozes à hegemonia da noite.
Pouco
a pouco
apercebo-me
da vertigem da pedra.
Ao
nível do chão
cega-me
a visão do sol. Deixas-me tocar
os
teus olhos breves. De neblina.
O
teu corpo
transitório
povoado
de incertezas. Recolhido na distância.
BL
20.07.16
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