Conseguir
ainda vislumbrar nas margens
invisíveis
pontos de luz. Percetíveis
no lado
do silêncio. Ou presos
a um
longínquo horizonte em fuga,
poente
transitório a afundar-se na memória.
Agora
que a água jorra das fontes
e que há girassóis a florirem em janeiro,
revivo
praias sem fim,
a
insistir num azul intemporal perto do rosto.
Longos
anos feitos de sépia e palavras antigas
estremecem,
de súbito,
à
espera do tempo em que a palavra recomeça.
BL
14.07.15