e
a pouco e pouco
por saber de mim.
Dispo-me de distâncias
e olho-me
memória
a esgotar-se na efemeridade
de um tempo de colheitas
de sonhos que sonhei
quando o tempo e eu éramos
entendimento e certezas
e levávamos connosco uma réstia de céu azul
como quem se resguarda
da mutabilidade do silêncio.
Acabo muitas vezes por voltar.
Ao rio sem fim entre o partir e o ficar
à eternidade de momentos
de que só germinaram memórias.
BL
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