domingo, 1 de julho de 2012

(In)quietude

O mundo acordou fechado
dentro de um corpo que se ajeita
atrás da sombra desfeita
e as mãos
libertas
num indefinível harmónio
de palavras
silenciadas

sementes antigas
sob as linhas da pele
ecos traídos de inquieta poesia
que teria sido

infinito o tempo
em que arrasto o dia
na memória fria de relógios tensos
sobreviventes no quarto decrescente
de um redemoinho
imóvel
perfidamente.

Brígida Luz
01.08.10

Sem comentários:

Enviar um comentário