segunda-feira, 2 de julho de 2012

Lágrima









Saber como abraçar o teu silêncio.

Recolher nos meus dedos a lágrima onde gritas
a imobilidade da bússola
e refratas a névoa e a brevidade do tempo.

Afugentar as sombras
transformar em fogo a mágoa translúcida
de um sol poente.

Resgatar-te da escuridão 
da opacidade dos medos 
sussurrar-te gotas de orvalho
na serenidade de uma primavera intemporal.

Transportar na liberdade do vento
a luz
e o alento
na transparência do gesto
a da emoção.

Saber como te não respirar.

BL
09.01.11

1 comentário:

  1. Sou-te grata pela visita. Venho conhecer o seu blog e desde agora sigo. Admirável é poder devolver a luz a quem a escuridão envolveu. Um abraço, Yayá.

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