Não fujas.
Ainda há sentido no que se espalha
nos cacos que não se encaixam
mas brilham
na luz oblíqua do dia.
O caos sustenta o que pulsa
os objetos empilhados
sem ordem
ainda contam histórias de mãos que passaram
de vozes que permaneceram.
O que é harmonia
senão o intervalo entre dois desencontros?
Se tudo se alinha
onde sobra espaço para o que vive?
Não saias.
Fica na dobra do improvável
onde as coisas respiram
sem pedirem permissão.
BL
02.06.25
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