Serei sempre o murmúrio das ondas
e do silêncio profundo que nelas habitava.
Caída sob o calor de mãos ardentes
engolia um vazio salgado
sinopse dolorida de todos os dias.
Na memória ressoam passos sobre pedras frias
traçam-se lamentos
na névoa que o mar respirava.
E na calmaria da noite
que vasta se desdobra
em horas solitárias
tardias
o coração bate
em versos soltos
que carregam histórias de amores esquecidos.
Risos e lágrimas cruzam
os murmúrios do vento
águas abissais
onde encontro refúgios
resposta do tempo
à voz paciente
que em mim se aquietava.
BL
02.04.24
Sem comentários:
Enviar um comentário