Percorro corredores a perder de vista
cada passo é uma escolha
cada escolha
um enigma.
As paredes não sussurram segredos
fecham-se
vigilantes.
Testemunhas mudas de um possível degredo.
A luz oscilante
frágil
inconstante
mas bastante
para desvendar o caminho
não o destino.
O labirinto não condena
não conduz
meramente se reduz a
um desafio à perceção
à determinação
ao instinto.
Neste lugar onde o tempo parece
parar
cada momento é eterno
cada decisão irrevogável.
Não há começo nem fim
somente o presente
e a verdade que emerge quando
já não é provável.
O labirinto é existir
pensar
refletir
um ressoar dos passos
que nos definem.
A viagem não busca uma saída
mas sim o entendimento de que
no final
cada um de nós é
em essência
um labirinto.
BL
03.04.24
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