Nas vastidões de areia
e eras
onde o sol se funde ao céu
em chama viva
não há dunas sem o sussurro do vento
sem a carícia eterna
da sua coreografia.
Elas ascendem
imponentes
ao firmamento
esculpidas pela sábia mão
do sopro leve
contam histórias de nómadas
e estrelas
de paixões ocultas
dispersas na imensidão.
O vento
escultor sem forma
ou rosto
desenha linhas de vida e movimento
em cada grão uma memória
um pensamento
na areia
o palco da sua silenciosa canção.
As dunas vivem e morrem
ao capricho do vento
que as embala
não há dunas sem vento
sem a força que as desafia
sem a brisa que as molda
e as convida a dançar
ou as faz transformar.
BL
03.04.23
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