Uma rua onde viver não fosse
a travessia do silêncio
nem uma rota de versos
solitários
ou um refrão de muros em ruínas
com a fome a descoberto.
O amor não chega por acréscimo
nem se reescreve numa pauta
de areia
a sobreviver ao tempo.
Uma rua onde um
champanhe partilhado anunciasse
a cegueira da pele e aninhasse
a loucura do corpo.
Uma rua onde os paralelos
do espanto não esquecessem a voz e
resistissem a um vendaval de
incertezas.
BL
23.04.24
Sem comentários:
Enviar um comentário