Somente a ótica da paixão
criava o ilusório movimento do encontro.
No rosto da ilusão
cabia a dimensão eufórica
que floria num discurso de sonhos.
Eu recolhia a tua voz
e pensava em itinerários feitos
de barcos perdidos.
Bastavas tu
e a inocência das palavras
nas minhas mãos de luz.
Deixava de interrogar
a voragem do mar e a escuridão das perguntas
que o meu corpo reclamava.
Bastavas tu.
E os teus olhos tão líquidos
como o azul infinito das marés.
BL
25.05.25
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