Desvio o olhar
das mágoas que me consomem
raízes que se agarram à pele
murmúrios embebidos de vazio.
A poeira
cúmplice do esquecimento
envolve-me
desfaz contornos
dissolve vestígios
arrasta memórias
em exílio cego.
O vento murmura uma ausência antiga
um eco a deslizar nos sulcos do corpo
sombras errantes
náufragas
à deriva
na neblina espessa do tempo.
BL
11.05.25
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