Mesmo na
sombra
as
palavras permitem-me alguma luz pela vidraça.
Inundam
a folha
escorrem-me
pelas raízes
estendem-me
como seiva nos sulcos da terra
iludem os silêncios da tarde que esmorece.
Como se
houvesse traçado o dia
todo ele
de céu
limpo e sabedoria
e eu como um
rio a fluir
lento lento
lento lento
e me
bastasse uma haste de vento
para explicar a chuva miúda no interior do meu tempo.
para explicar a chuva miúda no interior do meu tempo.
Brígida
Luz
11.10.15
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