domingo, 11 de outubro de 2015

Como se uma haste de vento...

Mesmo na sombra
as palavras permitem-me alguma luz pela vidraça.
Inundam a folha
escorrem-me pelas raízes
estendem-me como seiva nos sulcos da terra
iludem os silêncios da tarde que esmorece.

Como se houvesse traçado o dia
todo ele
de céu limpo e sabedoria
e eu como um rio a fluir
lento lento

e me bastasse uma haste de vento
para explicar a chuva miúda no interior do meu tempo. 


Brígida Luz
11.10.15

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