quarta-feira, 1 de maio de 2013

Espreitando a metamorfose dos dias


Confunde-me esta distância
entre as palavras, o desconforto dos olhos
quando os silêncios
caem no chão. É quase um mito desfeito
nas profundezas do espelho, um nó
no brilho dos girassóis.


Em boa verdade, ando por aqui,
os dedos entrelaçados na tua ausência,
suspensa de contornos de incertezas
ou de fascínios da imaginação.


Por isso, escrevo,
espreitando a metamorfose dos dias
a transfigurar os medos,
no lado invisível das horas.


BL

3 comentários:

  1. Olá Brígida!
    Ainda bem...que bom quando se encontra na escrita um porto de abrigo para muitos males...
    Que belo poema! Um abraço.

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  2. Gosto muito deste registo mais directo
    É uma belíssima forma de dizer
    que inclui o leitor tornando-o parte da mensagem

    É que escrever é
    "transfigurar os medos,
    no lado invisível das horas"

    Um prazer sempre

    Bjo.

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  3. a distancia não deixa as palavras calarem,

    mudam, escrevem-se os silêncios.


    bela tua poesia

    beijinhos

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