Caminho ecos antigos
no deserto transparente
da pele
a sombra a desfazer-se
no pulso
o murmúrio a crescer
no intervalo indeciso
dos passos.
Trago sementes
e ausências
não sei
onde pousar o gesto.
Arde o nome
entre as linhas
no delírio brando
dos instantes.
Poderia seguir
rastos de vento
não sentir o peso
da terra
se me fosse permitido
calar
a lembrança de um rosto
que por dentro me chama
e me reconhece
e na lentidão de um lago
tece sonhos antigos
raízes que procuram luz
a abrirem um tempo
suave
s.u.a.v.e.
BL
27.12.25
Sem comentários:
Enviar um comentário