Dançam os girassóis na boca do lume
pinto
com dedos de sombra
os traços impronunciáveis.
São
memórias em carne viva
folhas abertas sobre o peito
onde o
tempo repousa e sangra.
Dizem que o amor é só miragem
mas eu vi estrelas
acesas
nos olhos de quem ficou
e em cada pétala tremem
as
promessas que a noite engole
quando o desejo se curva à ausência.
Componho altares de silêncio
e entre cada beijo por
inventar
a chama soletra o teu nome.
Van Gogh sorri do fundo da
tela.
É preciso ser flor para entender
aquilo que a luz guarda no seu grito.
BL
12.07.25
Belíssima poesia.
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