Entre o segundo café
e a sombra da tarde
o mundo muda de cor
e o tempo curva-se
sobre si.
Clarões de lucidez
chegam sem nome
sem hora marcada. Relâmpagos
não pedem licença
e trituram o silêncio em mil verdades.
Distingo vultos
dentro da neblina
desenho contornos de ausências
e entendo memórias
sem lembrança.
Como quem abre os olhos
no meio do sono
e reconhece o próprio nome
na voz
de um pensamento esquecido.
BL
15.0725
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