terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Fragmentos de silêncio

 


São agora ramos segmentados
galhos secos atravessados de penumbra.

Olho-os e vejo pretéritos
ainda formas esguias
sob(re) os verdes
[ que permanecem ]
cobertos de metáforas.

Penso no que peço
despeço-me do que pediria.

Assomam pétalas por
entre arremessos de inverno
são quase nenhumas
as aves que me aquecem.

A geada queima o verso
desintegra o corpo do poema.

Talvez já não saiba
o lugar das palavras

e todas as coisas sejam murmúrios
a empurrarem as mãos
para o olhar fragmentado do silêncio.




BL
07.01.25










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