sábado, 4 de janeiro de 2025

Refúgio de memórias

 





O amor ardia

reparador de promessas

maceradas.



Ignoraste-o

contudo

na neblina indistinta

daquele inverno plácido

e cruelmente faminto.



Podias ter dito do começo

às avessas

da falácia da estrada.



Mostraste-me a forma angular

de acreditar numa voz



numa cor de estio

que alonguei até ao infinito.



Tivesses sido tu o meu tempo!

Um lugar onde

cada extremo se abraça

e se despede.

O meu lugar!



Não seria somente a memória

o meu refúgio uterino.




BL

 04.01.25















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