quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Sonho


 



Sou apenas a cinza do último cigarro,

a pena que a gaivota perdeu em voo planado,

dentro de um grito a palavra escarpada,

uma memória desfocada.


Sou um sonho que olhou e não me viu,

um esperar desesperado,

uma nuvem em mares de tempestade,

um tempo que passou e riu.


Como ser

a brisa suave entre o vazio dos espaços,

a serenidade de um rio,

o silêncio azul da madrugada,

um poema, na luz limpa e renovada?



BL











Sem comentários:

Enviar um comentário