Neste resto de verão
a noite adormece
e para surpresa da lua o poema
cresce.
Podia anunciar um beijo
o teu nome
na brisa
sementes que fomos
os dias breves
voláteis
asas efémeras
o espaço que somos.
Foi só mais um dia
inquilino da memória
e
ao fim e ao cabo
o poema cresce
sem contar a história.
Uma história de sol
que em mim
crepitava
quando era nascente
e em ti já penumbra
a poente
declinava.
Esta história
afinal
aqui é uma ilha.
Sombria
e
monótona
a ninguém maravilha.
BL
11.10.23
Sem comentários:
Enviar um comentário