sábado, 7 de maio de 2016

Maio

Resistir às águas que
de dentro para fora desassossegam as horas.

[ trajetórias sinuosas
em volta de inquietudes desabitadas ]

Acordar mais além
mais perto de si mesma
como abrigo do sol
onde tudo recomeça.

Descobrir no cântico das árvores
o vento dos sonhos
caídos da invernia dos versos.

Esquecer silêncios em turbulências
desertas

ser palavra viva
e fresca

sem nuvens por perto.

BL
07.05.16

1 comentário:

  1. Nem sempre é bom resistir às águas, às vezes é bom ir com elas.
    (Bem sei que a poetisa apontava outros caminhos, a mim seduziu-me ir por ali)
    Gosto sempre de a ler, Brígida.
    Um beijinho :)

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