segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Certas noites



Certas vezes as noites são sorrisos
e as palavras simetrias
fluidez de imagens


oceanos de luz exalando madrugadas.

São vozes de folhas calmas
frescas e orvalhadas


indizível claridade

folguedos de luar e de pele
calor de setembro
a perfumar vinhedos.


Certas noites são silêncios
versos e bruma


redemoinhos de nadas

ausências esculpidas em fios de memórias

margens do tempo
através do tempo

a preto e branco

o tempo.

BL

7 comentários:

  1. Sua poesia me encantou. Linda e suave com a noite cantante! abraços

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  2. tão bonito, Brígida! tal como essas noites de que falas. Um beijo

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  3. Só a poesia toca a indizível tonalidade dos contrastes. Só ela estabelece a ponte entre o dia e a noite da própria alma.

    Também eu me perco por aqui a "ouvir-me" nos teus versos.

    Obrigada!
    Um beijinho, Brígida

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  4. Certas noites,o silêncio é tão profundo, que a única coisa por que ansiamos, é pela chegada do dia, mesmo que seja um dia a preto e branco...

    Como sempre...Lindo!

    Magnólia

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  5. "certas noites são silêncios"...

    um beijo amigo

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  6. Com certeza,a beleza das noites em sua plenitude,ficaram mais

    luminosas e eternas,inscritas na tua encantadora poesia.

    Belíssimo,Brígida.

    Beijinho.

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