segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Teias de palavras sem-abrigo



Nunca as horas foram tão breves
nunca os dias se fecharam tão cedo
contornos da noite
chuva baça
sem regresso.

As linhas do tempo sustidas
pelo desalinhamento dos ciclos
e as cores que incendeiam a tela
destroços de rostos
ao longo do silêncio do verso.

As mãos erguem as memórias
retêm o rumor do tempo. Prolongo-me
pelas copas das árvores
sopro apagado das pedras
e de aves caídas
arremesso.

Nunca os dias foram tão breves
e as horas compassos distorcidos
teias de palavras sem-abrigo
retrocesso.

BL

8 comentários:

  1. Muy bonito tu escrbir me ha gustado muchisimo.
    mi blog es:
    elblogdemaku.blogspot.com
    si te gusta podemos hacernos seguidoras.
    Un saludo

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  2. O tempo em seus andamentos

    A memória em regresso
    Os dias em retrocesso

    Sublinho em especial o belo verso-mote
    "Nunca os dias foram tão breves"

    Bjo.

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  3. Paragem, reformulação, com os elementos a fazerem pouco sentido.
    Viagem introspectiva.
    (Será isso?)

    Beijo :)

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  4. Um bom mote para o tempo de viragem.
    Gosto muito deste ar melancólico.

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  5. Prolongas-te nas palavras, como se elas fossem um ramo da tua alma a germinar o vento.
    Retrocessos e recomeços. Remoinhos a despertar alvoradas depois de adormecidas de cansaço, porque sendo breves as horas, os dias são imensos.

    Um beijinho, Brígida.

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  6. Os instantes do dia em gotas de chuva,anoitecendo sentidos em

    silêncio da alma-poesia...

    Brígida,muito bela a tua poesia!

    Bj.

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  7. Quase se consegue ouvir o pingar dos segundos, dos minutos, das horas...
    É o agonizar do tempo.

    Belo, como SEMPRE.

    A. Luz

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