Fluem os dias entre margens invisíveis
artesãs de memórias
raízes de um tempo a moldar o rio.
Dança a eternidade no silêncio do horizonte
e
em instantes frágeis
recolhemos sílabas
como folhas caídas
a aceitarem o abraço frio da corrente.
As águas moldam as passadas da rocha
enquanto a corrente carrega sonhos sem corpo
o céu chora sobre a terra
e o reflexo do mundo
é peso
e é tristeza
na leveza de existir.
BL
20.03.25
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