quarta-feira, 19 de março de 2025

Ecos de ti


 




No íntimo segredo da palavra

hei de erguer um templo

de sílabas líquidas

onde ecos de ti desaguam em marés

eternas.



Caminharei

descalça

pelas veias da noite

semearei constelações

nas frestas do silêncio

e abraçarei o lume que deixaste no ar.



Porque tu és o mapa

e a bússola

o ciclo das glicínias a cada primavera

e o fôlego

que move os ventos do poema.   



BL

19.03.25









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