As horas amargas aguardam
as árvores de pé
ou os livros que nos
ensinem letras
pacientes.
A cumplicidade da terra espalha
a dor
a chuva risca rotas
de liberdade
o silêncio entrelaça histórias
de sonhos
e saudade.
Vemos a lentidão da vida
a alastrar
nas linhas das mãos.
As horas deslizam
com a mesma sapiência
de quem conhece o destino.
É noite.
Entranha-se a liquidez do poema
como folhas na corrente
das águas.
Apenas se ergue
o sussurro dos deuses
para quem os quiser
ouvir.
BL
09.03.25
Sem comentários:
Enviar um comentário