E a pele a respirar reflexos
desse lugar que ainda existe. Como um relâmpago.
Flor breve
onde sonhos se imolaram.
Refazemo-nos em moradas
migratórias do vento
ou num teto de sol.
Reinventamo-nos num voo
de ave embriagada
corporizamos no verbo
um sentir preservado em copas
de memórias.
Somos histórias
de incêndios e de mar.
Habitamos nomes e poemas.
Transportamos nas veias rostos
e olhares
e sem hesitação doamo-los
a um tempo em liberdade
resguardado
na luz coada que ainda
nos pertence.
BL
06.11.24
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