sexta-feira, 2 de agosto de 2024

O silêncio do verbo

 








Não sei se é tão simples encontrar

na luz crepuscular das paredes

o percurso da rebentação

das mãos



ou o hálito que despe a solidão

de um corpo moldado

na anatomia do

esquecimento.



Existem lugares anoitecidos

debaixo das ruínas onde secaram

as raízes das veias.



Sei de uma aridez que

atravessou o tempo



e de uma árvore que continua

a crescer


como quem aprendeu a amar na insanidade

de um sonho que te recolhe


sobrevivente.



Não sei explicar se é o sorriso das máscaras

a conduzir à respiração do corpo.









BL

01.08.24








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