terça-feira, 16 de julho de 2024

Eclipse da sintaxe

 




Não, não esqueço os

fantasmas da loucura. Que seria

dizias.


Sem adversativas nem transgressão

cabia-me a esperança translúcida

da inocência.


Atava nós de paixão na pulsação

das veias

os olhos a mergulharem

no reflexo ilusório da

utopia.


Eclipse da sintaxe

no avesso dos espelhos. E tu

no teclado

neste excesso de vazios.


Sobras de quase nada

no silêncio confessional do poema.




BL

16.07.24








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