sábado, 9 de dezembro de 2023

Floema

 



 




Tateio na pele das árvores

a trança das memórias. Penteio os sonhos

de ontem e de amanhã

nomes

vultos que reaprendo

nas palavras onde moro.


Guardo no vento sementes

inesgotáveis

navios repletos de sol

onde equilibro os gestos

e aquieto a flutuação do tempo.


Dias de espera sobrevivem 

em insaciáveis gotas de água

visíveis na sonoridade das folhas azuis

suspensas da claridade dos pássaros

e do recomeço do movimento.




BL

09.04.11







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