quarta-feira, 17 de maio de 2017

Reflexos



Um quase murmúrio de água
a pousar nas minhas mãos.

Reinvento o silêncio
faço dele um rio de versos

e neles recrio o amor
e os afetos.

A sintonia dos encontros

o sonho a falar
dentro de nós.

A palavra a nascer nos contornos da sombra
a alongar-se
em dissoluções esféricas

[ longas esperas na fertilidade do tempo ]

uma luz secreta a saciar de harmonia
o lado invisível das horas

os rostos [ em desordem ] a nomearem a manhã.

Mas
como entender a ausência
na fragmentação do espelho?

BL
17.05.17

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