A
pedra a decair
na
inclinação do tempo.
Ao
fundo da solidão uma neblina espessa
chamamento
de silêncios e memórias.
Da
lonjura de nomes incertos
uma
rua a crescer
serena
e branda
como
se sonhasse margens improváveis.
Há
trevos de quatro folhas
e
pétalas de sílabas brancas
sobre
os ponteiros do crepúsculo.
Deixo-me
tocar pela ilusão da árvore de passos inquietos.
Sabe
de um lugar
onde
a pedra sobrevive
na
soleira do esquecimento.
Tudo o resto é monólogo
é deserto
é deserto
no
que fica por dizer.
BL
27.08.16