Chego
tardia àquilo
que
sempre fui.
Curso
de rio traçado
na
fluidez de águas inquietantes.
Ergo
o poema em palavras inibidas
a
descerem de tempos inocentes
ou
desenho pássaros no olhar resignado
de
uma voz distante. A falar
de
portas abertas à lucidez de um nome
que
partia devagar.
O
silêncio a percorrer mapas de escuridão. Sombras indecifráveis.
A
solidão dos rostos que não atravessaram
a
linguagem dos muros.
A
luz refratada
refletida.
A
luz a acontecer
num
tempo muito longe daqui.
E
eu a chegar
tardia.
BL
18.06.16
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