O
meu olhar de terra
preso
ao gesto.
Ao
esgar de dor
que
sobe a estrada
lento
lento.
Terra
ventre árvore
perdida
de folhas
e
de pássaros
seca
de
esperas
e
de tempo.
Idade
de
todas as idades
abraça
o ramo
único
que
lhe sobra
e
o ninho
onde
a alma
exausta
segura
o fio de luz em que
um
dia
escreveu
sementes.
O
meu olhar de árvore
preso
ao gesto.
À
mansidão do amor
que
vai além da fé
e
já não teme a morte.
Sobra de tudo
o
gesto
que
não pede nada.
BL
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