terça-feira, 15 de julho de 2014

Um nome que te dói


 
 
Um nome que te dói. Que te ocupa

todos os espaços do corpo e que talvez



só exista dentro de ti. Cheio de aves

e dos incêndios do entardecer.



Talvez destinado a morrer.

Como tu morres ao despertar da manhã



e o silêncio é teu refúgio de barcos

e de tempestades.



Um nome que te dói. Que não te sabe

a inocência das estrelas. Onde o tempo



cresce e a memória te molda a alma

na geografia do corpo. O teu corpo



exausto. A luz inerte de um rosto vazio.



BL

3 comentários:

  1. Um poema fantástico! Há rostos assim. Têm tudo para partilhar a felicidade. Mas doem...
    Beijo.

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  2. Parabéns, Brigida! Isto está mesmo muito bonito...

    beijo amigo

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