domingo, 29 de dezembro de 2013

A filigrana dos sonhos


Penso em ti
à distância da voz
cíclica construção de azuis
aroma perfeito
a inventar promessas
inocentemente sufocadas
por dentro das veias.
Atravesso
a misteriosa filigrana
dos sonhos e apercebo-me
da luz a demandar
infinitos fugidios.
Dir-te-ei dos pássaros indomáveis
moldados nas lembranças.
Escrevo no olhar
ausências e regressos
e, em silêncio, retomo
o invisível gesto de amadurar o tempo
que me nasce dos dedos.

BL

2 comentários:

  1. Bom ano
    de preferência com um pauzinho
    na engrenagem

    Sempre na luz dos seus dedos

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  2. Sublime o teu poema Brígida...abençoado gesto, que amadura o tempo que te nasce nos dedos...
    Beijinhos e Bom Ano!

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