segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Contracurva




Poderei encontrar-te
no silêncio líquido que pelo crepúsculo
há de chegar.

Ou então
hei de procurar-te

[ refúgio, talvez ]

num fragmento de mim

ou

numa inflexão mais grave da voz. Porque
hoje
perco-me de ti no limbo
da palavra

no pulsar negro do horizonte
a suster
denso
o incontido
uivo da lágrima.

BL

2 comentários:

  1. Olá Brígida,

    Este teu poema é magnânimo...

    A maestria da poesia que ainda vai mais além,

    perpetua um sentir que levamos ao tocar bem perto,

    na beleza eterna de uma obra de arte.

    Fiquei profundamente emocionada...

    Sou fã da tua poesia,sempre leio e sinto com

    a melodia do silêncio admirador,que guarda preciosidades.

    Grata por este momento!

    Feliz 2014!

    Repleto de sonhos vestidos de poesia...

    Beijinho.

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