Às vezes deixo-me nascer,
por entre os pingos da chuva
e, sonâmbula,
sair estrada fora,
no choro solitário
da contagem decrescente do tempo.
Todo o corpo me dói e ainda não sei
como diluir os ecos das primeiras águas.
Ergo castelos de areia,
com as páginas de um livro em branco,
parecem abrir-se matizes de girassóis,
hinos a rasgarem o vento
e são dos meus olhos
as nuvens que habitam o deserto.
Transformo em coração de tília
um mar desalinhado
e saboreio o toque aveludado
da primeira floração de maio,
nos degraus de um tempo a acontecer
muito longe daqui.
BL
por entre os pingos da chuva
e, sonâmbula,
sair estrada fora,
no choro solitário
da contagem decrescente do tempo.
Todo o corpo me dói e ainda não sei
como diluir os ecos das primeiras águas.
Ergo castelos de areia,
com as páginas de um livro em branco,
parecem abrir-se matizes de girassóis,
hinos a rasgarem o vento
e são dos meus olhos
as nuvens que habitam o deserto.
Transformo em coração de tília
um mar desalinhado
e saboreio o toque aveludado
da primeira floração de maio,
nos degraus de um tempo a acontecer
muito longe daqui.
BL
Olá Brígida!
ResponderEliminarQue bom "nascer por entre os pingos da chuva"!
Que bom ler-te...saborear-te...verso a verso...
Gostei muito.
Bom fim de semana.
M. Emília
"e são dos meus olhos
ResponderEliminaras nuvens que habitam o deserto."
É muito belo este teu universo-Ser poético e adoro sempre sentir
e ler-te.
Um bom final de semana em matizes de girassóis!
Beijo,Brígida.
A chuva lubrifica a terra
ResponderEliminarum renascer, por entre as tempestades
ResponderEliminarsempre renasce o sol
para isso é preciso a noite,
(mas ele chega)
como as flores que emergem no deserto.
sempre sublime, tua poesia.