terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

No teu rosto, pela manhã


… a sílaba
encastrada na insónia
densa imprecisão do pensamento
fragmentação
das horas


no teu rosto
pela manhã
um sulco de água nua
a alongar-se
num coração de utopia


ainda a chama
na sede das tuas mãos
e a luz
no soluço do teu olhar


é por isso
talvez
que tentamos travar o tempo
na desconstrução de um
ruído de sal
em que (de)compões
o teu livro de silêncios.



BL

3 comentários:

  1. O silêncio é o ruido da natureza! Maravilhosa poesia Srta, abraços

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  2. A palavra que desconstrói e
    Constrói
    Sonhos de silêncios, que se petrificam pelos tempos,
    Com um sorriso.

    Gosto sempre imenso da tua poesia.

    Beijo

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  3. Quantos silêncios moram dentro das sílabas, e quantos se (de)compõem, em água e sal, no labirinto de um pensamento.

    Belo!

    Um beijinho, Brígida.

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