A solidão que repousa nos olhos
este vazio tão antigo
tão magro
uma linha de água a arrastar-se no tempo.
O tempo
impassível
a moldar o silêncio.
Rotas de dor e de coragem
latentes.
E o passado a sussurrar
ecos persistentes.
Fui sonho
e batente de porta
às vezes punho cerrado
às vezes coração disfarçado.
Avisos amarelos de disrupção da alma
este oceano inquieto
ondas que afagam e ferem
esta dança lenta entre sombras e luzes
a dissolver-se
sem nunca partir.
BL
15.04.25
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