terça-feira, 15 de abril de 2025

Batente de porta

 






A solidão que repousa nos olhos

este vazio tão antigo

tão magro

uma linha de água a arrastar-se no tempo.



O tempo

impassível

a moldar o silêncio.

Rotas de dor e de coragem

latentes.



E o passado a sussurrar

ecos persistentes.



Fui sonho

e batente de porta



às vezes punho cerrado

às vezes coração disfarçado.



Avisos amarelos de disrupção da alma

este oceano inquieto

ondas que afagam e ferem

esta dança lenta entre sombras e luzes

a dissolver-se

sem nunca partir.





BL

15.04.25









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