domingo, 6 de outubro de 2024

A metamorfose da tela

 



Recolho-te

no reajuste do silêncio.

E deixo que as mãos toquem os verbos

cúmplices das árvores

e do vento.



Sílabas dispersas

na superfície branca onde afogo

incêndios e monólogos. Vozes

do que foi bússola

em precário equilíbrio.



Tintas frescas

de rostos subterrâneos

ilusória raiz de sonhos na

alucinação da árvore.



Sobressalto.

Rasgo fundo de labirinto

de sombras a antever o crepúsculo

nostálgico no desencantamento do tempo.





BL

06.10.24












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