A voz do trompete a gemer
na dormência da luz.
Poderá ser o grito da loucura a revolta da
dor
contra a inclemência do caos universal
a trancar o tempo da utopia.
Nos escombros da luz chora o trompete
e a solidão da criança no coração do olhar.
Dir-se-ia uma epifania amarrotada
um silêncio náufrago
cúmplice da salvação sem farol.
E os meus olhos cobertos de sombras devastadas
bloqueados por um mundo em dissonância
procuram um verbo que nos devolva as estradas do mar
e
num lamento de sangue partilhado
evocam fantasmas e demónios
uivos que me consomem
omnipresentes.
BL
13.04.21
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