sábado, 23 de janeiro de 2021

Entre pingos de chuva

 






Perguntas pelos horizontes

que me iludem as águas. São a chama

que me escreve o mundo

a luz que me ensina a soletrar a morte

que há de chegar.

Poderão ser palavras

que envelhecem contra a noite

ou as coisas improváveis

que recolho nas minhas mãos desprevenidas.

Talvez o relâmpago que se entranha no mar

ou a sílaba

amarrada

que transpõe as margens

no poema.


BL

23.01.21


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