sábado, 4 de abril de 2020

Ilha




Vinha a luz
longe
gemido de sombra entranhada
nas mãos

e o silêncio a cair dos teus olhos
pequeninos do medo cercado de fogo

ilha onde morrem nomes ao acaso
desvario e espanto feitos de naufrágios.

As ervas crescem enlouquecidas
sobreviventes
no interior do vento ou no perfil
da tempestade

esperam a metamorfose do azul.

Deixo-me tocar pela incerteza das palavras
no isolamento devastador da noite.



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